30/09/2007

Hipnótica - Nico

29/09/2007

28/09/2007

Bugatti Veyron

Os pneus gastam-se em 15 minutos, a gasolina acaba-se em 12 minutos mas chga aos 408km/h!

Ramadão

Ramadão
O Ramadão ou Ramadã (grafado ainda Ramadan; em árabe رَمَضَان) é o nono mês do calendário islâmico. É o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual (saum, صَوْم), o quarto dos cinco pilares do Islão (arkan al-Islam).
A palavra Ramadão encontra-se relacionada com a palavra árabe ramida, “ser ardente”, possivelmente pelo facto do Islão ter celebrado este jejum pela primeira vez no período mais quente do ano. Uma vez que o calendário islâmico é lunar, o Ramadão não é celebrado todos os anos na mesma data, podendo passar por todas as estações do ano.
É mês sagrado, período de renovação da fé, da prática mais intensa da caridade, e vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida familiar. Neste período pede-se ao crente maior proximidade dos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, freqüência à mesquita, correção pessoal e autodomínio.
O jejum é observado durante todo o mês, do alvorecer ao pôr-do-sol. O jejum aplica-se também ao fumo e às relações sexuais. O crente deve não só abster-se destas coisas, mas também não pensar nelas.
Durante o Ramadão, é comum a freqüência mais assídua à mesquita. Além das cinco orações diárias (salat), durante este mês sagrado recita-se uma oração especial chamada Taraweeh (oração noturna).
É o único mês mencionado pelo nome no Alcorão:
"O mês do Ramadão foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e evidência de orientação e discernimento." (Alcorão Sagrado 2:185)
O jejum é obrigatório a todos os muçulmanos que chegam à puberdade. A primeira vez em que um jovem é autorizado a jejuar pelos pais constitui um momento importante na sua vida e uma marca simbólica de entrada na vida adulta.
Há várias justificativas válidas para não jejuar: gravidez, menstruação, enfermidade, trabalho braçal extenuante e estar em viagem. Os dias de jejum não praticado devem ser cumpridos em outra ocasião, antes do próximo Ramadão.
Antes da alvorada, há uma pequena refeição (su-hoor) que substitui o café da manhã (pequeno-almoço) habitual.
Ao término de cada dia, o jejum é finalizado com uma oração e uma refeição especial tomada em comum, chamada iftar (árabe: إفطار). É momento para reunirem-se os membros da família e os seus amigos numa celebração de fé e de alegria. Após esta refeição, é prática social sair com a família para visitar amigos e familiares.
Atualmente, com a ampliação do diálogo interreligioso, algumas pessoas de outras religiões são convidadas a partilhar este momento de convívio e é cada vez mais freqüente que cristãos ofereçam e celebrem um iftar para os seus amigos muçulmanos.
Dois dos mais importantes feriados religiosos são celebrados neste mês sagrado: Laylat al Kadr e ‘Id al Fitr.
Laylat al Kadr ("noite do destino"; "noite do poder"; "noite da determinação"; "noite do decreto divino") é celebrado na noite do dia 26 para o 27 do Ramadão, data em que se comemora a noite em que Profeta Muhammad recebeu a primeira revelação do Alcorão. Muitos muçulmanos passam esta noite a rezar, acreditando que os pedidos feitos durante estas horas serão atendidos por Deus.
‘Id al Fitr - Eid ul-Fitr (Árabe: عيد الفطر) - ("o banquete do término do jejum"), no encerramento do mês do Ramadão, no primeiro dia do mês de Shawwal, é um feriado celebrado durante três dias. Banquetes são servidos, presentes são trocados, roupas novas são vestidas. Amigos e familiares rezam em congregação e fazem banquetes. Em muitas cidades islâmicas grandes festividades são realizadas para celebrar o ‘Id al Fitr. Os turcos chamam esta festa de Sheker Bairam (festa do açúcar). Está prescrito nesta festa a prática da Zakat al fitr, doação de esmolas da quebra do jejum.
Em sua aparência exterior esta celebração islâmica assemelha-se ao Natal cristão.

in Wikiédia

A inteligência

"A inteligência persegue-me, mas eu corro mais do que ela."

(Alguém)

Santana Lopes a brilhar!

Tenho é pena da Ana Lourenço, porque simpatizo com ela e porque foi uma decisão editorial.

Selecção de Rugby - "A Portuguesa"

dEUS - Disappointed In The Sun



Who could tell the story better
About the things that I went through
Some were great but most were terrifying
And so spooky too
Had to get out of there, to hide away
Had to get out of there, to find my way
I troubled everything too soon
Now where I want to be is
Where I want to be is ...

Need I say my only wish was
To escape my earthly life
High skies were no option whereas
Diving deep in oceans wide
Was the way for me, to hide away
A possibility, to leave today
I troubled everything too soon
Now where I want to be is
Where I want to be is ...

Under the sea, is where I'll be
No talking 'bout the rain no more, I wonder
What thunder will mean, when only in my dream
The lightning comes before the roar

Circumstantial situations,
Now I know what people meant
Beware of the implications,
God I've had enough of them
Decided to be brave and find a way
Just picking out a wave and slide away
I troubled everything too soon
Now where I want to be is
Where I want to be is ...

Maybe taking it another hour, Then taking away the pain
- 2x
Then taking away the pain - 3x
I troubled everything too soon
Now where I want to be is
Where I want to be is ...

Under the sea, is where I'll be
No talking 'bout the rain no more
I wonder what thunder will mean, when only in my dream
The lightning comes before the roar
Under the sea, down here with me I find I'm not the only one
Who ponders what life would mean if we hadn't been
So disappointed in the sun
And that's why we're thinking, That's why we're drinking in a bar under the sea - 2x


- Para mim, ainda é a melhor deles :)

27/09/2007

Quinta-feira à noite em Lisboa.



(Lúcia Freire)

O cinema

CINEMA - Sistema de reprodução de imagens em movimento, registadas em filme e projectadas sobre uma tela, usado como meio de expressão artística e comunicação de massa.

ORIGEM - Indícios históricos e arqueológicos comprovam que é antiga a preocupação do homem com o registo do movimento. O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspectos dinâmicos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras. O jogo de sombras do teatro de marionetes oriental é considerado um dos mais remotos precursores do cinema. Experiências posteriores como a câmara escura e a lanterna mágica constituem os fundamentos da ciência óptica, que torna possível a realidade cinematográfica.

Jogos de sombras – Surge na China, por volta de 5.000 a.C. É a projecção, sobre paredes ou telas de linho, de figuras humanas, animais ou objectos recortados e manipulados. O operador narra a acção, quase sempre envolvendo príncipes, guerreiros e dragões.

Câmara escura – O seu princípio é enunciado por Leonardo da Vinci, no século XV. O invento é desenvolvido pelo físico napolitano Giambattista Della Porta, no século XVI, que projecta uma caixa fechada, com um pequeno orifício coberto por uma lente. Através dele penetram e cruzam-se os raios reflectidos pelos objectos exteriores. A imagem, invertida, inscreve-se na face do fundo, no interior da caixa.

Lanterna mágica – Criada pelo alemão Athanasius Kirchner, na metade do século XVII, baseia-se no processo inverso da câmara escura. É composta por uma caixa cilíndrica iluminada com uma vela, que projecta as imagens desenhadas numa lâmina de vidro.

Fonte: Webcine

X-Press 2 - Kill 100



A parte em que o gajo canta "ah eh ah, ah eh ah..." é linda!

Felicidade

"Se considero quanto me custa a ideia de deixar a vida, devo ter sido mais feliz do que pensava."

(Claude Aveline)

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"... and in this corner: Mini Fridge!" Ahahahahaha

26/09/2007

O quotidiano das crianças na televisão - Trabalho infantil artístico

Encontramo-nos perante uma sociedade em que cada vez se dá mais importância aos media (e à televisão mais particularmente) e às imagens, notícias e publicidade por eles transmitidos e difundidos, sem termos o cuidado de filtrarmos informação e optarmos por alguns programas em detrimento de outros; partimos do princípio de que tudo o que nos é apresentado é verdadeiro e bom, caso contrário não seria permitido aparecer na televisão.Digo isto porque, por vezes, alguns de nós sofrem da ilusão da transparência, assistimos a programas, telenovelas, espaços publicitários e não distinguimos a parte do todo, é o exemplo de bebés, crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os poucos meses de idade que algumas têm e os 16 anos, que constituem a parte de um todo indissociável, sendo isso considerado legalmente como inserido no trabalho infantil artístico.Torna-se cada vez mais complicado quantificar as crianças e adolescentes que se encontram nessa situação e, se por um lado, esse aspecto serve para comprovar que os seres humanos não são apenas números, por outro lado, transformam-se numa visibilidade invisível, ou seja, estão lá, aparecem com mais frequência nos televisores das nossas casas, mas recusamo-nos a falar e a ver nisso um problema, uma exploração do trabalho infantil, que poderá ter consequências maléficas no futuro, quer a nível escolar, quer a nível psicológico, social e cultural.E certo é que a retrospecção das emissões televisivas é de fácil análise, assim como os seus efeitos na vida das pessoas que as assistem, tornando-as, em alguns casos mais individualistas e noutros mais colectivizados, contudo a tarefa complica-se quando pretendemos descobrir o número de “actores” que participam activamente para que um programa, um filme, uma telenovela e mesmo uma estação televisiva inteira funcionem, nestes casos incluem-se as crianças.Crianças essas que, provavelmente, nos habituámos a ver em anúncios publicitários próprios para a sua idade, (para dar mais ênfase à verdadeira utilidade do produto); em telenovelas, inicialmente brasileiras (exemplo de «Gabriela», na segunda metade dos anos 70, «Escrava Isaura» e «Roque Santeiro»), e agora cada vez mais portuguesas (exemplo mais recente de «Morangos com Açúcar», mas também «Baía das Mulheres»); séries televisivas («Os Batanetes», «Inspector Max») e em tudo o que neste momento envolve o ambiente televisivo e passa para cá do ecrã.Não se trata aqui de estabelecer um tratado contra qualquer tipo de actividade que as crianças possam desenvolver enquanto jovens actores, ou manequins, mas sobretudo alertar para um facto que já vem acontecendo de há alguns anos a esta parte e, partindo do pressuposto que não se fazendo estudos, não haverá possibilidade de propagar o conhecimento, então nesta e desta área pouco ou nada se sabe, e os seus direitos caem no esquecimento.

Ana Melro
Socióloga. Mestranda em Sociologia da Infância

Mais artigos desta autora em http://www.apagina.pt/arquivo/FichaDeAutor.asp?ID=711

(Por acaso, é minha amiga e, por acaso, vai defender amanhã no Instituto da criança na Universidade do Minho uma tese sobre este tema.)

25/09/2007

O scratcher

24/09/2007

Melinda Doolittle - Sway

23/09/2007

Que medo!

21/09/2007

Family Guy - Herbert Tribute (Creepy Old Man)

Um velhote pedófilo que, pelas sibilantes, deve ser um conterrâneo da Beira Baixa

Weather Girls - It's raining men

Ouvi isto na montagem do halo e lembrei-me das figurinhas destas voluptuosas senhoras

Jorge Palma - Ai, Portugal, Portugal




Metro do Cais do Sodré, ontem.

20/09/2007

Trentemoller - Moan

Introducing: Le Book

19/09/2007

A vida, o risco e o erro

"Para se ter uma vida calma, tem de se fazer um sacrifício: Tem de se privar de viver a vida. Quando se vive em segurança, não há medos a dominar, obstáculos a ultrapassar ou perigos gritantes à espreita por detrás da barreira dos nossos erros."

(Richard Bach)

18/09/2007

Colin McRae (Lanark, 5 de Agosto de 1968 — Jerviswood, South Lanarkshire, 15 de Setembro de 2007)


Ganhou um título mundial apenas uma vez, mas o que o distinguia era a forma como andava sempre no máximo. Fica um vídeo em forma de homenagem a alguém que foi e continuará a ser um ídolo para muita gente. Fica a memória dos carros estragados, das discussões do co-piloto a dizer que ele arriscava demais e dos fãs que o consideravam um "ganda maluco".

Colin McRae (Lanark, 5 de Agosto de 1968 — Jerviswood, South Lanarkshire, 15 de Setembro de 2007)

"- Four legged animal that barks."
"- A donkey?"

16/09/2007

Johnny

O teu vídeo do mercedes Music video II está a ser muito mais visto do que o meu Music Vídeo I. Porquê? Eu acho que é por verem o teu e dizerem que é uma seca e que não vale a pena ver o outro. Sim, porque o teu aparece primeiro. Mas pode não ser.

David Bowie - Changes

Mau - (Prick) I am X

Sem comentários

15/09/2007

Annie Lenox - Waiting In Vain

Esforço

"O que é escrito sem esforço em geral é lido sem prazer."

(Samuel Johnson)

14/09/2007

Regina

Queria dizer
Regina
Queria ouvir
Regina
A casa está vazia
Nenhum homem devia sair da cama sem beijar a testa da mulher que nela repousa
Deixaste-me só e eu fiquei amargo
Sou um homem velho e amargo
Choro por já não me lembrar de ti
És a imagem distante e desfocada de um tempo melhor
Um tempo em que a raiva não procurava um escape
Também sou rancoroso
Culpo tudo e todos por não já não te ter
E restam-me as pequenas coisas:
O jeito como compunhas a gola do meu casaco antes de eu sair
A sopa de legumes que só eu comia
E o teu nome, Regina
Vejo-o em todo o lado
Vejo-o quando acordo e vejo-o quando durmo
Vejo-o no rosto da nossa filha
E sonho com ele, dizendo:
Regina
Temos uma dança marcada no céu
Regina

(João Freire)

Para o tema "Velhice" num desafio da "Fábrica de Letras".

13/09/2007

Não importa

"Nessa altura iludiu-nos, mas não importa: Amanhã correremos mais depressa, esticaremos mais os braços... e uma bela manhã...
Assim vamos persistindo, como barcos contra a corrente, incessantemente levados de volta ao passado."

F. Scott Fitzgerald in O grande Gatsby

Teoria dos seis graus de separação


A partir de um estudo científico, criou-se o mito de que, no mundo, são necessárias no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. No estudo, feito nos Estados Unidos, buscou-se, através do envio de cartas, identificar o números de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta identificando a pessoa alvo e deveria enviar uma nova carta para a pessoa identificada, caso a conhecesse, ou para uma pessoa qualquer de suas relações que tivesse maior chance de conhecer a pessoa alvo. A pessoa alvo, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para os responsáveis pelo estudo.

A popularidade da crença no fato de que o número máximo de passos entre duas pessoas é 6 (seis) gerou, em 1990, uma peça de nome "Six Degrees of Separation", de John Guare.

Um resultado interessante pode ser visto num jogo para a Internet denominado Oráculo de Bacon (The Oracle of Bacon). O jogo, criado por Brett Tjaden, um cientista da computação da Universidade de Virgínia, e mantido, atualmente, por Patrick Reynolds mostra como um ator, no caso Kevin Bacon, se relaciona com os demais artistas, sejam de filmes americanos ou não. Para exemplificar, a atriz Fernanda Montenegro tem um número Bacon de 3, obtido da seguinte forma: ela atuou em Joana Francesa (1973) com Jeanne Moreau; esta atuou com Eli Wallach em The Victors (1963) e, finalmente, este atuou com Kevin Bacon em Mystic River (2003). Já Carmem Miranda tem um número de Bacon de 2 e Mazzaropi, 3. Pode-se, também calcular a distância geodésica entre quaisquer pares de atores. Assim entre Fernanda Montenegro e Carmem Miranda, a distância é de 2 porque Fernanda Montenegro atuou em Mãos Sangrentas (1955) com Heloisa Helena, que por sua vez atuou em Alo Alo Carnaval (1936) com Carmem Miranda.

Fonte: Wikipédia

As quatro versões de "I can see clearly now"

12/09/2007

Madame et monsieurs... Sid Vicious - My Way

O que interessa é que no fim... ou lá próximo, possamos dizer, felizes, que fizémo-lo à nossa maneira.

Abraços de borla

Este é o meu mundo. Música dos Sick Puppies e uma campanha que devia atravessar todas as cidades... todas as pessoas.

10/09/2007

Suede - Filmstar

"If you believe they put a man on the moon..."



Fantástico Meddley!

O nome de Lisboa.


Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói grego Ulisses que tal como Roma, o seu povoado original foi rodeado por sete colinas. Recentemente foram feitas descobertas arqueológicas perto do Castelo de São Jorge e Sé de LIsboa que comprovam que a cidade terá sido fundada pelos Fenícios cerca de 1200 a.C.. Nessa época os Fenícios viajavam até às Ilhas Scilly e à Cornualha na Grã Bretanha, para comprar estanho. Foi fundada uma colónia, chamada Alis Ubbo, que significa "enseada amena" em fenício, provavelmente afilhada à grande cidade de Tiro, hoje no Líbano. Essa colónia estendia-se na colina onde hoje estão o Castelo e a Sé, até ao rio, que chamavam Daghi ou Taghi, significando "boa pescaria" em fenício. Com o desenvolvimento de Cartago, também ela uma colónia fenícia, o controlo de Alis Ubba passou para essa cidade.

Com a chegada dos Celtas, estes misturaram-se com os Iberos locais, dando origem às tribos de língua celta da região, os Conni e os Cempsii.

Os Gregos Antigos tiveram provavelmente na foz do Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os seus conflitos com os Cartagineses por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono devido ao maior poderio de Cartago na região nessa época.

Após a conquista a Cartago do oriente peninsular, os Romanos iniciam as Guerras de Pacificação do Ocidente. A cerca de 205 a.C., Olissipo alia-se aos Romanos, lutando os seus habitantes ao lado das legiões. É absorvida no Império e recompensada pela atribuição da Cidadania Romana aos seus habitantes, um privilégio raríssimo na altura para os povos não italianos. Felicitas Julia, como a cidade viria a ser reconhecida, beneficia do estatuto de Municipium juntamente com os territórios em redor, até uma distância de 50 quilómetros, e não pagava impostos a Roma, ao contrário de quase todos os outros Castros e povoados autóctones, conquistados. Foi incluída com larga autonomia na provícia da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta a actual Mérida na Extremadura espanhola.

No fim do domínio romano, Olissipo seria um dos primeiros núcleos a acolher o Cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens.. Sofreu invasões bárbaras dos Alanos, Vândalos e depois fez parte do Reino dos Suevos antes de ser tomada pelos Visigodos de Toledo que a chamaram de Ulishbona.

Lisboa foi então tomada no ano 719 pelos Mouros provenientes do norte de África. Em Árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ. Construiu-se neste período a cerca moura. Só mais de 400 anos depois os cristãosa reconquistariam graças ao primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e ao seu exército de Cruzados, em 1147. O primeiro rei português concedeu-lhe foral em 1179. A cidade tornou-se capital do Reino em 1255, devido à sua localização estratégica. A seguir à reconquista, foi instituída a diocese de Lisboa que, no século XIV, seria elevada a metrópole.



Fonte: Wikipédia

Tabacaria


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho genios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, para o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei que moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheco-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

(Álvaro de Campos)

07/09/2007

Sobre música

“Learning music by reading about it is like making love by mail.”

(Luciano Pavarotti)

05/09/2007

Ambição

"A ambição é o último refúgio do fracasso."

(Oscar Wilde)

The Best Of Late Night With Conan O'Brien

Stone Roses - I Wanna Be Adored

Andrajoso

Sujo, roto, feio
Na rua procuro, na rua encontro
Encontro-me
Uma moeda, uma nota, uma sandes
O cúmulo da desresponsabilização
Sou o patrão de mim mesmo
Não é bom nem é mau
Como os animais, sobrevivo
Não é bom nem é mau
Um banho quente
Uma refeição caseira
Um prémio de lotaria
Tudo o mesmo
Com uma cama, dormi no chão
É difícil perder o hábito
Dar o braço a torcer sem dar a mão à palmatória
É o orgulho dos pobres
Sou digno à minha maneira
E como eu há muitos.

(João Freire)

Hipnotismo de animais básicos

Ontem hipnotizei uma rã. Sabia, por vício em documentários e factos inúteis, que era possível fazê-lo. Sei, aliás, que é possível fazê-lo também com galinhas, mas fazê-lo, levar da teoria à prática, foi por alguma razão, emocionante. É verdade. Orgulho-me das coisas mais insignificantes, mas quantos é que poderão dizer que já hipnotizaram uma rã? Pois eu já. De facto, não é difícil. Basta ultrapassar o enojamento inicial e virá-la, segurá-la um pouco para o sistema nervoso ou qualquer outro sistema que entra ou pára de funcionar nessa altura o faça e o ser entra numa espécie de transe acompanhada de uma posição de yoga que apenas qualifico como a ’oração’. Mãos juntas, naquilo que será o seu peito e os calcanhares a tocar-se com as pernas arqueadas (Ares de defunto na câmara ardente). Nada mais do que isto e, no entanto, tanto orgulho. Qualquer dia é uma galinha.


04/09/2007

Ahahahahahah

03/09/2007

As ilusões de Akiyoshit Kitaoka



http://www.ritsumei.ac.jp/~akitaoka/index-e.html


(Cliquem na imagem para funcionar)

02/09/2007