27/07/2010

E os domingos nunca mais voltaram a ser os mesmos

Sempre houve uma discussão para saber quem seria melhor, se Senna ou Prost, se Senna ou Mansell, se Senna ou Schumacher. Senna angariou ao longo da sua curta carreira três títulos do campeonato de fórmula 1 e alguns recordes que Shumacher viria a bater. Pouco para mostrar, ainda mais se compararmos esses títulos aos sete do alemão. Senna seria mais parecido com Gilles Villeneuve... Mas na verdade as comparações são impossíveis. Gostamos de comparações, precisamos delas para simplificar a realidade, mas com Senna não existem comparações, porque na cabeça de quem sabe não há dúvidas nenhuma. Shumacher sabia-o, Prost sabia-o. Todos o sabiam. Quando Senna corria era sempre o melhor. Correu em tempos diferentes dos que vivemos, tempos em que a segurança era por vezes negligenciada (os carros estavam no limite da velocidade e da segurança). Correr naquela altura, com aqueles carros era tarefa de loucos e Senna, entre os loucos, seria talvez o maior. Para além de tudo isto, era também um ídolo fora das pistas: ajudava muitas pessoas, era amigo de muitas mais, mesmo pilotos e rivais, era respeitado por toda a gente e por isso o mundo gostava dele, por isso o mundo chorou a sua morte e por isso o recordamos ainda hoje. Lembro-me dos Domingos de Fórmula 1 como das melhores coisas da minha infância e lembro-me de Senna, aquele capacete amarelo debaixo daquele barulho ensurdecedor, como o ídolo da minha geração... um ídolo de sempre.


Um vídeo sobre a melhor volta de uma corrida de fórmula 1



O vídeo da melhor volta de uma corrida de fórmula 1




Inspirado numa homenagem  feita no Top gear e que vale a pena ver (link para episódio completo)

24/07/2010

Sábado à tarde, num documentário do National Geographic

Não sou um medricas. Não gosto de abelhas, nem do barulho do óleo quando se frita alguma coisa, nem sequer sou muito fã da electricidade e de mexer em coisas eléctricas... e sim tenho medo de andar de avião, porque sempre que ando de avião penso que ainda vivi muito pouco e experimentei muito pouco para poder morrer tão cedo, como se a justiça me ajudasse a sobreviver num terrível desastre cheio de fogo, corpos despedaçados e metal retorcido... mas não sou medricas. 
Eu sempre achei, aliás, estas coisas fascinantes e até me emociono com isto e outras coisas, que, apesar de me aterrorizarem, nunca me impediram de, por exemplo, fazer isto. Num futuro próximo até gostava de viajar até esta praia ou experimentar isto.
Mas que nunca um Comandante de um voo em que eu participe ache que é boa ideia levar um avião comercial cheio de gente a um espectáculo aéreo para deliciar os espectadores desse mesmo festival com uma manobra arriscada que consiste em voar baixinho, devagarinho (no limiar da sustentabilidade), com o nariz empinado (Alpha Max). Ou se quiser fazer isso que me avise, para eu sair.




P.S. - O documentário que eu vejo de forma masoquista chama-se Air Crash Investigation, Mayday, Desastres Aéreos em português. A investigação sobre o acidente do vídeo pode ser vista no Youtube,  mais concretamente aqui.

20/07/2010

Gabriel


Gabriel o Pensador - Até quando?


Gabriel o pensador - Cachimbo da Paz


Gabriel o Pensador - Se liga aí

15/07/2010

E já tenho o meu bilhete, pronto.



13/07/2010

Paul, Horton e a magia

À medida que crescemos vamos deixando de acreditar na magia. É um processo que começa na meninice quando recusamos a existência do papão, do homem do saco, da fada-dos-dentes e do Pai Natal até chegar depois aos super-heróis que vemos nas revistas da Marvel ou nos desenhos animados da televisão, como o Hulk, o Homem-Aranha, os Transformers ou Jesus Cristo.
A descrença e a desconfiança, catalisadas pelo cinismo e pela ciência vão depois tomando conta de nós pela vida, encrustando-se como características inalienáveis das sociedades seculares em que vivemos. Nenhum facto é aceitável sem uma explicação lógica e científica. Assim vivemos.
Mas essa recusa em aceitar o que não se vê, o que não se consegue medir, a recusa em aceitar a magia só nos torna mais pobres, podendo contaminar até o mais tangível que há na humanidade, as pessoas e a confiança entre essas mesmas pessoas.
É por isso que eu quero acreditar no Paul, o polvo adivinho (lembram-se dele?), que acertava nos resultado dos jogos do Mundial. Eu quero acreditar que ele adivinhava, que tinha alguma capacidade extra-sensorial que lhe permitia saber o resultado dos jogos. Paul era um ícone da magia perdida e eu quero acreditar na magia. É a magia que nos dá esperança, que nos faz amar alguém, que nos dá um sentido para a vida, que cura as pessoas de quem gostamos quando têm doenças cujo nome não gostamos de pronunciar, é a magia que nos dá fé, independentemente da nossa crença, como uma energia que se sente sem se conseguir explicar... uma energia que nos alimenta os sonhos e a vida... uma magia que alimenta tudo! A magia é tudo.


(João Freire)

Queen - A Kind Of Magic
 

P.S. - Post altamente influenciado pelo filme Horton e o Mundo dos Quem



Reaproveitado para o desafio de Novembro da Fábrica de Letras, subordinado ao tema "Sonhos".


08/07/2010

Amanhã por esta hora em Lisboa... Alice In Chains

Cena (de engate) do filme Singles, com It ain't like that e Would, dos Alice in Chains (ainda com o Layne Staley  na formação) em pano de fundo.


03/07/2010

As bestas do costume



Toda a gente sabia que Portugal não ia longe neste mundial, porque toda a gente sabia que Cristiano Ronaldo ia jogar mal neste Mundial e que o seleccionador nunca teria coragem de o substituir; toda a gente sabia que Maradona não servia a esta Argentina e que, por isso, nunca chegariam à final, até porque o Messi, que não é tão promíscuo e exuberante como o nosso Ronaldo, também já não é grande coisa nestas coisas de jogar à bola! E também toda a gente sabia que Federer não conseguiria vencer novamente Wimbledon, muitos adivinharam que nem sequer chegaria à final, porque já sabiam que ele deixou de ser o melhor do Mundo há muito. Todos fizeram as apostas certas, na Holanda, na Alemanha, em Nadal! Na vida, como no desporto, queremos estar sempre ao lado dos vencedores e esquecemos facilmente que os vencidos de hoje foram os vencedores de ontem e que os vencedores de hoje também serão vencidos. De bestas a bestiais e vice-versa, não por sermos portugueses, como é hábito dizer-se, mas por sermos nós também... bestas.


(João Freire)

Beck - Loser


Fotografias retiradas da pesquisa de imagens do Google... onde mais haveria de ser?